Thursday, September 17, 2015

Na cama com os pais - Cosleeping, e agora?

"when all else fails, and you don't know what to do, fall back on love. Love and your own inner wisdom will help you know what to do"

Estava a terminar este texto quando uma leitora escreveu um comentário em que confessa que dorme com a sua pequenina princesa de 3 meses. Começa por justificar que foi uma gravidez muito desejada e que se trata de uma bebé muito amada. Acrescentou que dormir com a sua pequena a faz feliz, a deixa segura...mas, e há sempre um mas.

A chegada de um bebé altera por completo a vida de qualquer casal, acho que nisto estamos todos de acordo. O momento crítico costuma ser a chegada a casa, aquele momento em que nos deparamos sozinhos com o nosso recém-nascido. Ao longo da gravidez fomos desenvolvendo ideias sobre o que queremos para o nosso filho, como vamos ser como pais, preparamos a casa para o receber, compramos aquilo que achamos necessário ou que alguém nos disse que devíamos comprar. Hoje em dia as opções são milhares: berços, chupetas, biberões, bonecos que prometem acalmar o bebé, móbiles espectaculares que projectam estrelas pelo tecto do quarto...somos até capazes de comprar cds com músicas que supostamente ajudam o bebé a relaxar...lemos alguns livros, escutamos alguns amigos que já parecem perceber mais do assunto e esperamos que tudo corra pelo melhor quando estivermos frente a frente com o nosso bebé.

Nem sempre aquilo que imaginamos corresponde. Afinal o nosso bebé não se acalma no berço, parece não ligar à música, parece que afinal não estamos assim tão aptos a sossegar o nosso filho. Surgem os medos, as dúvidas e a CULPA.

Atrevo-me a dizer que qualquer mãe sente culpa. Seja qual for o motivo. Culpa de não conseguir, culpa por não saber o que fazer. Culpa na amamentação. Culpa por tudo e por nada.
As pessoas começam a visitar-nos e todas elas parecem ter algo a opinar.

"cuidado com o colo"
"estás a habituá-lo mal"
"qualquer dia não fazes nada porque ele não te deixa"
"tens que o deixar dormir sozinho"
"tens que o meter na cama dele"
"tens que lhe dar um biberão porque tem fome"
"não podes deixá-lo mamar tantas vezes"
"olha que parece fome"
"tem calor, tem frio"

e por aí fora. Começamos a temer. Começamos a pensar "será que o vou habituar mal se estiver aqui com ele ao colo?"

Eu diria que a maioria das mães tem vontade de estar perto da sua cria. Temos esse instinto protector, acontece de forma natural. Algo desperta nas mães e as faz querer estar ali, sempre a contemplar o seu rebento. Algo despoleta uma necessidade de afecto, de proximidade. Não é por acaso que as mães entram num estado de alerta ao menor sinal de choro dos filhos, passam a ter um sono mais leve. Tudo isto é natural e não é mais do que a nossa extraordinária natureza a funcionar bem.

Nascemos com a capacidade de pegar os bebés ao colo. Temos o colo perfeito. Os nossos braços permitem que o bebé se encaixe em nós, que fique à medida do nosso peito, permite que os possamos alimentar (amamentando ou não), permite que a criança veja o nosso rosto, sinta a nossa respiração, escute a nossa voz.
Os bebés estão no ambiente uterino durante aproximadamente 40 semanas. Habituam-se ao ritmo da mãe, aos sons da mãe, a temperatura é constante, os sons são abafados, a luz é reduzida.

Isto deveria ser o suficiente para compreendermos que, ao nascerem, não estão de todo preparados para a distância da mãe. Não conhecem ninguém, não conhecem nenhum cheiro além do cheiro da mãe. Não conhecem as vozes, os estímulos, as luzes.
Vários estudos comprovam que o bebé precisaria de mais contacto físico. Os animais fazem-nos naturalmente, os mamíferos mantém as crias por perto fornecendo calor, alimento e protecção.
O bebé é o mamífero mais frágil e indefeso precisando do cuidado permanente dos pais e por mais tempo. A isto se chama apego. Quando um bebé nasce tem muitos poucos meios de sobrevivência se ficar sozinho. Por esse motivo, nascem munidos com um enorme instinto de sobrevivência. O choro é a uma das formas mais potentes de despertar a mãe para que cuide dele. Não têm muitas mais formas de se expressar e a mãe ainda não conhece todos os outros sinais. Mãe e bebé precisam de se conhecer, de estar próximos. Precisam de se cheirar, tocar. Mãe e bebé precisam de entrar num estado único, unirem-se. É assim que se despertam todos os nossos melhores instintos, numa das formas de amor mais extraordinárias, poderosas e puras. 

Nos primeiros meses do bebé, especialmente nos 3 primeiros meses, seria suposto que a mãe carregasse sempre o bebé consigo, que dormisse com ele, perto dele. Cientificamente isto está comprovado. É apenas deste modo que a amamentação funciona bem, que o corpo recebe a informação necessária para produzir o leite. É desta forma também que o bebé se sente mais estimulado a mamar porque identifica os cheiros. Mesmo quem não amamenta, desperta no bebé o sentido de proximidade da mãe, libertando desta forma hormonas muito importantes para o seu desenvolvimento como a oxitocina. Todos sabemos, no entanto, que isso não acontece. O nosso ritmo assim o exige. Dificilmente uma mãe é deixada com o bebé sozinha, surgem ajudas que, muitas vezes,se oferecem para pegar no bebé libertando a mãe dessa obrigação.
Em algumas culturas (desafio a que leiam sobre este tema), os bebés raramente choram. As mães atendem o choro dos bebés de imediato, carregam-nos por todo o lado em slings e amamentam em livre demanda.
Percebemos que na nossa sociedade isso não é totalmente possível. Ainda assim, seria mais fácil se aceitássemos que nos primeiros meses a nossa profissão é cuidar do bebé. Estamos em casa com eles e a prioridade deverá ser essa. Há meios que simplificam essa proximidade e que nos permitem andar com o bebé e ter de igual forma as mãos livres para as tarefas do dia-a-dia. Os slings, panos e mochilas ergonómicas são formas simples e naturais de carregar o bebé junto ao peito dos cuidadores e que lhes permite estar mais livres para tudo o resto. Está provado que os bebés choram com menor frequência quando isso acontece e não, não os habituamos mal, eles ainda nem tão pouco têm essa capacidade, de maus hábitos... o cérebo humano nasce ainda muito imaturo (a prova é que se continua a desenvolver pela vida fora), nessa fase o bebé apenas tem o seu instinto que lhe faz desejar o contacto físico costante.
As sestas diurnas, idealmente, seriam também feitas ao lado da mãe. Não apenas porque isso ajuda ao descanso do bebé, mas também da mãe que como sabemos, nesta fase, está exausta.

Muitas mães acabam por confessar que se sentem bem quando os seus bebés fazem a sesta ao seu colo ou junto a elas. Mas sentem medo também. Medo de não estarem a agir bem, de os estarem a habituar mal, a dar colo a mais. Fomos tão habituados com esta teoria, a nossa sociedade repete-o a toda a hora que temos tendência a duvidar do nosso melhor instinto.

Esta mãe, como muitas outras, sente esta vontade de estar junto ao bebé, de dormir com ela e, aparentamente, isso resulta para as duas. Mas ela própria confessa que tem medo de o dizer aos outros porque sabe que vai ser julgada. Não deixa de ser curioso que as pessoas digam que a parentalidade com apego, o cosleeping e o babywearing são "modernices" quando na realidade, a modernice são os berços e os carrinhos. Antigamente era frequente que as famílias partilhassem a cama e que as mães carregassem por mais tempo os seus bebés.

Respondendo ao comentário, sim, o Guilherme dorme connosco. Não foi algo super planeado, muito pelo contrário. Quando estava grávida acabei por decidir comprar o berço da Chicco Next2me que permite ser acoplado à cama dos pais. Era fantástico tê-lo ali muito perto de nós, mesmo não estando na nossa cama. Assim foi até perto dos 6 meses. Entretanto, não conseguia sequer conceber a ideia de o levar para o quarto dele, não fazia sentido para mim estarmos longe, até porque ele ainda não estava preparado, nem nós. Comecei a ler sobre o assunto, comecei a deixar de ler também, fartei-me de opiniões, fartei-me de teorias e decidi olhar para o meu filho, nada mais importa. Cada família é uma família, não existem no mundo dois bebés iguais e infelizmente, no meio de tanto ruído, deixámos de escutar o nosso coração e de conhecer o nosso filho. Aceito e compreendo as famílias para quem funcionou colocar o bebé a dormir sozinho. Sem dramas, sem choros. Se isso gerou harmonia entre todos. Se todos os membros da família estão felizes com essa situação, porque não?
O que importa aqui é garantir que é o que funciona para nós. Que nos sentimos bem com isso. Eu sei de muitas mães que colocaram o bebé no quarto por pressão, quer do pai, quer de membros mais afastados, quer do pediatra. E dizem ter sofrido, dizem ter chorado a noite inteira. Descrevem a ansiedade que essas noites lhe causaram. Eu não entendo. Não entendo porquê passar por isso.

Não vejo qualquer aspecto negativo no facto de o Gui dormir connosco. Neste momento tem o berço dele ao lado da nossa cama- Por vezes dorme lá uma parte da noite, algumas vezes a noite toda e outras deita-se logo connosco. Se acorda a meio da noite e está no berço, ou pede a mãe e adormece ou pede para vir para a nossa cama e vem logo sem dramas, choros. Criar o meu filho com uma relação de apego, segurança, amor, colo, mimo não é algo que eu precise justificar, já que me parece ser o normal, o natural.
Também tive medos, receios, passei fases piores e fases de extrema privação de sono. Procurei ajuda, tive consulta com a Constança Ferreira, informei-me, decidi continuar seguir o meu instinto e felizmente com um marido e pai que me apoia a 100%. O Gui é um bebé calmo, vejo a segurança e autonomia dele a crescer dia após dia. Mimo e colo não retiram autonomia. Pelo contrário. Torna os bebés em crianças mais felizes e que sabem o quanto são amadas. Eu dou as ferramentas para que o Gui sinta que tem um espaço seguro à sua volta que lhe permite explorar, sabendo que tem um porto seguro. Muito mais haveria a dizer...fica a promessa de mais sobre este assunto. Já agora, digam-me quais são as desvantagens que pensam que podem existir neste caso? Talvez seja um bom tema de discussão.

Leituas que aconselho e que explicam muito sobre co-sleeping (entre outros temas da parentalidade com apego)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_apego


http://parentalidadecomapego.blogspot.pt/2015/01/fantasmas-nas-nossas-camas-pais-que.html?spref=fb

http://cosleeping.nd.edu/articles-and-presentations/articles-and-essays/

http://parentalidadecomapego.blogspot.pt/2013/11/co-sleeping-bebes-em-relacao.html

http://naturalparentsnetwork.com/five-benefits-cosleeping/

Livro da Constança Ferreira "Os bebés também querem dormir" - O livro obrigatório a qualquer mãe, futura mãe.

Besame mucho - Carlos Gonzales

Dormir sin lagrimas - Rosa Jove

Existe ainda um grupo privado do facebook sobre esta temática e se lerem alguns testemunhos, será fácil compreender que os bebés, depois do tempo deles de co-sleeping, de forma mesmo muito natural querem seguir para o seu quarto. Sem dramas, treinos do sono ou traumas.
https://www.facebook.com/groups/267434216787095/

Wednesday, September 16, 2015

o que ando a comer

crepe de espinafres com tomate cherrie
papa caseira de aveia com frutos vermelhos
arroz de peixe e legumes



wrap com frango (caril) e tomate


massa fresca com pepino
massa com frango e queijo
pêssego com kiwie

espécie de omelete no forno com batata e legumes






Pelos olhos do pai

O pai tem um modo peculiar de tirar fotos ao Gui...que eu adoro. Apanho sempre fotos da cara dele em grande plano. Ficam alguns exemplos, tiradas ao longo destes 16 meses.
























Tuesday, September 15, 2015

How long do you want to be loved?





They didn't have you where I come from
Never knew the best was yet to come
Life began when I saw your face
And I hear your laugh like a serenade

How long do you want to be loved?
Is forever enough, is forever enough?
How long do you want to be loved?
Is forever enough?
'Cause I'm never, never giving you up

I slip in bed when you're asleep
To hold you close and feel your breath on me
Tomorrow there'll be so much to do
So tonight I'll drift in a dream with you

As you wander through this troubled world
In search of all things beautiful
You can close your eyes when you're miles away
And hear my voice like a serenade

How long do you want to be loved?
Is forever enough, is forever enough?
How long do you want to be loved?
Is forever enough?
'Cause I'm never, never giving you up
Is forever enough?
'Cause I'm never, never giving you up


Dixie Chicks - Lullaby 

Monday, September 14, 2015

Friday, September 11, 2015

Time flies!



Hoje, enquanto apagava umas fotos no meu telemóvel, dei de caras com estas fotos do Gui, dia 6 de Dezembro 2014.

Lembro-me tão bem de tirar estas fotos. O Gui estava adoentado (como infelizmente grande parte do inverno), acordou na nossa cama onde dorme habitualmente, o Pedro estava a tomar banho. O BabyGui acordou e como sempre fez este sorriso lindo. Peguei no telefone e tentei registar as fotos.

Adoro. Adoro o cabelo dele, o ar dele, o sorriso, o bocejar. Adoro este pijama que me recorda o Gui bebé. Adoro a forma como está sentado. Adoro o quão pequenino ele é.

Dá-me um aperto forte. sinto uma enorme vontade de o abraçar sendo ele daquele tamanho. Tenho saudades.

e isto só me traz ainda mais certezas. a certeza que dar colo, mimo, beijos, abraços...nunca é demais. 

BabyGui, fica aí na creche mais um bocadinho, a mãe já vai e como sempre vais ser esborrachado de mimo :)


Tuesday, September 08, 2015

Dói-dói

Ontem fiquei perplexa com o BabyGui. Fui mudar a fralda dele quando chegámos a casa e reparei que estava um pouco vermelho na zona das virilhas, estava com pressa, passei uma toalhita e ele choramingou. Meti creme e pensei "voltou à creche, é normal que fique mais vermelho" e coloco a fralda nova.

Quando o meto no chão ele começa a choramingar e diz "dói-dói" enquanto aponta para a zona da fralda. Eu pergunto "dói-te alguma coisa amor?" e ele continua a dizer o mesmo "dói-dói", recusa-se a andar e quer colo enquanto continua a dizer o mesmo.

Por momentos pensei que estaria a dizer aquilo por dizer, até porque nunca lhe dissemos "dói-dói", achei que talvez fosse algo que tivesse ouvido na creche. Estivemos nisto algum tempo até que começo a ficar preocupada, volto a despi-lo todo à procura de mais sinais, de algo magoado, decido passá-lo por água e meto mais creme e ele acalma. Mais tarde, quando o volto a mudar, acontece o mesmo e eu percebo que ele se queixa de verdade.
 Hoje acordou melhor e alertei na creche.

O meu bebé/menino já sabe dizer onde lhe dói...ele cresce todos os dias mais um pouco e eu quase que penso que não consigo acompanhar tudo! Tempo, espera aí só um bocadinho!

Monday, September 07, 2015

os momentos mais saborosos do dia

na sexta-feira, depois de uma semana marcada pelo choro, pela dificuldade em deixar o Gui na creche, minha e dele...depois de dias demasiado duros, para os dois, decidir ir buscá-lo mais cedo e fazer uma das actividades preferidas dele: ir ao parque dar comida aos patos :)


Thursday, September 03, 2015

momentos a recordar

e porque um dia vou adorar relembrar...coisas que o tagarela diz

mamã (tipo todos os 2min)
paiiii/papá/pedôo (tanto chama pai, como papá, como gosta de ser engraçado e chamar-lhe pelo nome que é Pedro)
papa (quando quer comer continua a usar a palavra papa)
já tá
água (a palavra que mais vezes diz, adora agua e sempre que vê quer ir lá para dentro)
pato
pinium (pinguim)
bola (a melhor amiga)
goloooooo (sempre que pega na bola e depois levanta os braços e pede ao pai para o levantar no ar)
batata
banana
manga

olá
bye bye (para dizer adeus)
pipad (i-Pad, o pai adorou ensinar esta, como geek que é)
Minie
Pateta
bebé (é o amigo dele com quem dorme)
espécie de bom dia

meia
sapato
pé/té (como chama a chupeta)
não há
pão
balão
peixe
bó (avó)
bô (avô)

... vou actualizando quando me lembrar

outra coisa que ele continua a adorar, já desde os 10 meses, é fazer o som dos animais, agora faz mais uns quantos para além da vaca, porco, macaco e pato, faz também ovelha, leão, urso, galinha, elefante, lobo, pássaros, cão, gato, cavalo...  mal vê um livro com animais começa logo a fazer os sons.

é também um super palhacinho, adora fazer piadas e ver se nos estamos a rir. mete coisas em cima da cabeça, faz caretas, faz cucu assim do nada e ri-se, tenta fazer-nos rir e eu adoro essa faceta dele.

também adora dançar, principalmente a música do Mickey e canta algumas musicas.

quando quer que façamos algo diz-nos "pé" repetidamente, porque quer que nos levantemos para fazer alguma coisa. Também nos pede sempre para sentar onde ele se senta, mesmo que nos sítios mais improváveis.

Adora andar a imitar o leão e quando lhe perguntamos onde está a juba dele, aponta para o cabelo.
uma das brincadeiras preferidas dele é trazer-nos livros, ele adora livros, e depois eu pergunto onde está isto e aquilo e ele aponta, parte-se a rir.

quando nos vê no chão vem a correr e atira-se em cima de nós, ficamos ali a rebolar e ele quase que sufoca de tanto rir.

ficou muito mais selectivo com a comida. quer sempre comer sozinho e quando por algum motivo lhe estamos a dar a comida, ele retira do garfo o que não quer e diz não. depois aponta para o prato para escolher o que lhe apetece mais.

gosta de fazer coisas por ele. lavar as mãos, lavar os dentes, comer sozinho, fechar e abrir a porta de manhã, chamar o elevador, passar o cartão para abrir a porta da creche, pentear o cabelo, tenta descalçar-se e calçar-se, limpa a boca a comer, limpa a mesa, traz-me os pratos e tupperwares da máquina de lavar para eu arrumar (os de plástico)...enfim, anda sempre atrás de nós a ver o que pode fazer :)

ainda dorme connosco e ainda adormece sempre a dar-nos as mãos. agora também dorme sempre com o seu amigo bebé, um boneco do ikea preto que lhe comprámos e que ele nunca mais largou, anda por todo o lado e se nao o encontra começa a choramingar e a pedir o bebé.

fica o registo de algumas das gracinhas :) espero que um dia ele goste de ler tudo isto e descobrir mais sobre ele.

São 16

às vezes gostava de conseguir vir aqui mais assiduamente, registar tudo, todos os dias, colocar aqui as fotos, os sentimentos...só para um dia recordar, para um dia não perder nada destes dias, destes meses maravilhosos, de tudo o que vejo e ouço e que tenho medo de perder.
mas o registo fica em último plano, o principal é tentar viver o momento, aproveitar cada segundo.

olho para o Guilherme e é quase assustador perceber que já tem 16 meses. Foram os 2 anos mais rápidos da minha vida e os anos em que mais coisas aconteceram, que mais mudanças provocaram  em mim.
hoje sou absolutamente outra, acima de tudo porque sou Mãe, mas porque isso me atingiu na totalidade e me fez ver um mundo todo que eu desconhecia.

16 meses que voaram. e eu que sempre achei que não iria ter saudades. tenho, tenho muitas, tenho saudades dele todos os dias quando o deito porque sei que quando acordar, haverá já algo novo nele.

(fotos que andam no meu tmv do mês 16)

a dar bolachas às pombas

acabado de acordar

a brincar na varanda

a comer uma bolacha no parque

a comer pão no parque

a lavar a loiça

a regar as couves da bisavó

a mostrar os dentinhos

selfie para enviar ao pai

a tomar banho na piscina

a comer pão no jardim, com a bisavó

a receber mimo da avó

a jogar à bolo no baptizado da C

encontrei-o aqui a ler

depois de ter caído

na piscina com o pai

a visitar o parque das noções

a fazer música

inserparáveis. o "bebé"

sestinha ao colo

olá mamã!

isto sim é uma piscina de bolas

sou tão giro

no escorrega que eu tanto adoro

acabadinho de sair da piscina com a avó

o melhor sorriso do mundo

Wednesday, July 15, 2015

o que estou a perder

ter um filho muda-nos. penso que todos sabemos isso. muda sempre algo na nossa vida. esta mudança não pode ser explicada a ninguém. todos somos pais diferentes. mas eu sei que nos muda a todos.
ser mãe mudou-me por completo. mudou a minha vida, os meus horários, as minhas rotinas, o meu tempo, a minha casa, as minhas roupas, os meus sapatos. o espaço na nossa cama.
mudou a minha forma de ver o mundo. de ver os outros. mostrou-me os amigos verdadeiros. trouxe-me novos amigos. afastou outros. leio menos ficção, mas leio mais sobre amor.
ser mãe fez-me mudar a forma física. primeiro deixei de ir ao ginásio e isso incomodava-me. depois começou a incomodar-me como antes me preocupava tanto com isso.
ser mãe trouxe medos, inseguraças. trouxe palavras que gostava de nunca ter dito. nos primeiros tempos foi mais duro. custava mais. estava cansada, não entendia as mudanças. ele fazia-me tão feliz mas eu não me entregava por completo.
demorei a entregar-me. resisti a algumas mudanças. achava que queria mais tempo. agora só quero mais tempo para estar ao lado dele.
disse muitas e muitas vezes que não queria nunca estar em casa a tempo inteiro. disse algumas vezes que queria trabalhar, viajar, ter a minha vida e depois ser também mãe. antes de ser mãe disse isto. antes de ser mãe comentei estes aspectos nas vidas de mães. hoje sou mãe. deixei de resistir. hoje só quero estar ao lado dele. as pessoas à minha volta olham-me com estranheza. esta não sou eu, dizem. vou perder mais amigos. fazer outros. vou ser outra.
olho para o meu filho e não quero perder mais dele. sou uma afortunada porque passo tanto tempo com ele. passo as manhãs sozinha com ele agora e não temos horário. às vezes olho para o relógio e sinto-me mal. sinto-me mal por estar em casa a brincar, a olhar para ele e ter o trabalho lá à espera. preferia não ter. estava em casa com ele, a olhar para ele enquanto tirava as batatas todas do cesto e dizia "tata" muitas e muitas vezes. o ar dele feliz por dizer batata e por eu dizer que sim. eu sentei-me no chão da cozinha e ele trouxe-me as batatas uma por uma. caminhava para lá e para cá a trazer-me as batatas até despejar o cesto e quando terminou disse "ja ta" ao jeito dele e eu sorri. depois vi a cara dele. estava junto ao cesto e quando me viu sorrir correu para mim, eu abri os braços e ele abraçou-me e ficou,as perninhas dele cederam e ficou ao colo. cheirei os cabelos dele.
nessa manhã eu senti que era ali que eu queria estar. tenho medo de me arrepender. de alguém me dizer "eu avisei". mas é o cheiro dele. o sorriso. as mãos. o medo de não me relembrar de tudo isto um dia. às vezes quero fotografar o momento só para um dia poder olhar para ele.
nestas manhãs a dois, todos os dias ele faz algo novo. algo que nunca fez antes.
todos os dias com ele trazem uma novidade e agora, sempre que o deixo na creche, fico a pensar no que estarei a perder naquelas 6h que ele ali fica. não quero perder mais tempo.

hoje às 9h17

Tuesday, July 14, 2015

O que ando a comer...

Basicamente de tudo, mas é um esquisitinho de primeira :)! Até fazer 1 ano comia tudo o que lhe davamos a provar... depois de ter um ano, parece que não gosta de provar mais nada. Ou melhor, ele prova mas deita fora!
ai filho filho, quem não gosta de cerejas do Fundão? Melancia? Framboesas? Mirtilos?

Também não é fã de gelados. Fizemos já por duas vezes gelado com fruta e iogurte e o rapaz não alinha nessas coisas.

o estado em que fico às vezes

frango

empadão de atum

massa com vitela estufada

pão e o iogurte da mãe

fico sempre tão admirado a ver-vos com estes iogurtes, também quero

no piquenique